Os anos 60 mudaram o mundo em todas as áreas e no mundo automóvel surgiram novos ícones. A liberdade e a loucura andavam de mãos dadas nos tempos em que a potência e as performances se democratizaram. Nos EUA surgiu um novo tipo de automóveis "baratos" mas cheios de carácter: os "Pony" e os "Muscle cars".

A Ford marcou esse território com o Mustang, e a General Motors (GM) não podia ficar de braços cruzados. Avançou com um projecto mantido em segredo e referido com o nome de código Panther. Já nessa época havia fugas de informação mais ou menos controladas pela GM, que conseguiu manter o segredo sobre a sua proposta até à data da apresentação à Comunicação Social.

Camaro foi um nome que surpreendeu muita gente e, quando os jornalistas questionaram os responsáveis da GM sobre o nome, a resposta foi uma manobra de marketing: "É um animal perigoso, que come os Mustang". Foi como uma declaração de guerra entre as marcas e os modelos, que se equivalem no mercado americano, apesar de nunca terem tido expressão na Europa.

O Camaro é um ícone americano e as estatísticas dizem que já foi protagonista em cerca de dois mil filmes e séries de TV, com destaque para "Transformers", onde dá corpo ao robot Bumblebee.

Recordar uma história de 50 anos exigiria um livro, porque este modelo foi produzido em quatro gerações. A primeira entre 1967 e 1969, a segunda de 1970 a 1981, a terceira de 1982 a 1992 e a quarta de 1993 a 2002, altura em que o Camaro foi descontinuado. Mas reapareceu em 2009 com a quinta geração e este ano foi apresentado o novo Camaro com um imponente motor 6.2 V8 de 640 cv com uma caixa automática de dez velocidades.

Com base neste modelo, a Chevrolet apresentou a versão especial "50º Aniversário" com uma imagem mais agressiva e uma pintura exclusiva. Este modelo vai ter um lugar especial na história dos desportivos americanos, mas na Europa não passa de uma curiosidade, porque o preço no lado de cá do Atlântico é quase pornográfico nos mercados onde está disponível...